amores expresos, blog da CECÍLIA

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Live from BAGDÁ

Livro desenvolvido. Aparar as arestas. Revisar e reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever, reescrever e reescrever.

Ficando fodidamente bom, o livro. Muito feliz com ele. Eu é que quase pifando. Insônia. Dores nas costas. Náuseas. Ontem vi "O veredicto", do Sidney Lumet, na Globo. Grande Paul Newman. Hoje resolvi sair. Trancado em casa desde a entrada dos aliados na Normandia. Ao correio postar os originais do meu livro de poemas, finalmente pronto após oito anos de trabalho. Uma pequena editora se dignou a recebê-los. Porque as maiorais dizem: Poesia? Enfia, filho. Enfia.

Ficando fodidamente bom, o livro. Feliz com ele. Queria que saísse logo. Queria que saísse. Compartilhar com meus dois ou três leitores esse deslumbramento que estou tendo. Não é o caso de, com o perdão da expressão baixíssima, eu estar assim sentando no meu próprio pau. Em outras palavras, não quero soar arrogante ou metido a besta. Por favor, não é isso. É só uma alegria tremenda com um trabalho bem feito, com uma coisa na qual estou me colocando inteiro. Estou aqui de costas pro Atlântico, flutuando no vazio, caindo impossivelmente rápido, e essa coisa toda me adoece, me quebra ao meio, mas ao mesmo tempo me dá uma força tremenda, me transforma, me faz querer descer ainda mais rápido, com mais força, com toda a força, amém.