amores expresos, blog da CECÍLIA

sábado, 10 de maio de 2008

Saiu na FOLHA

Depois do jornal O Globo (ver post anterior), é a vez da Folha de São Paulo dar notícias sobre o Amores Expressos. No caderno Ilustrada, edição de hoje, saiu a matéria que reproduzo abaixo. Antes, quero fazer algumas observações.

Até onde eu sei, a Companhia das Letras ainda não bateu o martelo com ninguém. Muito embora eu tenha sido, de fato, o primeiro autor a entregar os originais, meu livro ainda não teria sido enviado para a apreciação da editora. Aliás, livro algum teria sido enviado (os coordenadores do projeto estariam aguardando que mais escritores terminassem de escrever para enviar vários originais de uma vez). Logo, eu não sei de nada quanto à publicação (ou não) do meu livro no segundo semestre. Mas tomara que saia mesmo. Não agüento mais essa indefinição, essa espera.

Outra coisa: eu não sou paranaense, sou goiano. Resido em Paranaguá há pouco mais de um ano, mas sequer transferi o meu título de eleitor para cá. Logo, sou goiano, nascido em Goiânia e cidadão de Silvânia (onde meus pais e alguns bons amigos residem, onde voto, onde está boa parte da minha biblioteca).

Agora, a matéria:

“Amores Expressos” já tem três romances

DANIEL GALERA, ADRIANA LISBOA E ANDRÉ DE LEONES LANÇARÃO OS PRIMEIROS LIVROS

Projeto gerou polêmica pela intenção de usar Lei Rouanet para viagens; idealizador do projeto desistiu de lei de incentivo

EDUARDO SIMÕES
Da reportagem local

Três dos 17 autores do projeto “Amores Expressos” já entregaram os originais de seus romances, que devem ser publicados no segundo semestre pela Companhia das Letras.
Histórias de amor, os livros foram gestados nas temporadas de um mês que os autores passaram, entre 2007 e 2008, em diferentes cidades do globo. Os três primeiros lançamentos são do gaúcho Daniel Galera (que foi a Buenos Aires), da carioca Adriana Lisboa (Paris) e do paranaense André de Leones (São Paulo). A editora ainda vai confirmar as datas.
Iniciado há um ano, o projeto foi alvo de polêmica quando seu criador, o empresário Rodrigo Teixeira, anunciou que iria tentar verbas da Lei Rouanet para bancar parte dos gastos com viagens e hospedagens, além de uma série de documentários feitos durante as temporadas. Teixeira -criador da coleção sobre futebol “Camisa Treze”, que vendeu cerca de 350 mil volumes- diz que desistiu das leis de incentivo, arcando com metade do orçamento de R$ 1,2 milhão -a outra metade refere-se a custos editoriais, por conta da Companhia das Letras, que, no entanto, reserva-se o direito de não publicar todos os títulos.

Experiências
Treze dos 17 escritores se reuniram na última terça em SP para falar das experiências de viagem e de seus romances. João Paulo Cuenca, também curador editorial do projeto, comemorou o fato de que nenhum dos escritores tenha “desaparecido, morrido ou sido seqüestrado”. Não faltaram, no entanto, incidentes curiosos.
Bernardo Carvalho contou que foi assaltado no terceiro dia em São Petersburgo, na Rússia. “Para mim, foi ruim, porque passei o resto do mês em pânico. Já para o livro foi bom, porque desde o início quis evitar os clichês de cidade romântica.”
O escritor Joca Terron disse que odiou o Cairo. Em trecho do documentário sobre sua temporada, outra faceta do projeto, o escritor diz que “São Paulo é o cúmulo da organização cartesiana” se comparada à cidade egípcia. Terron também se queixou da hospedagem, em tom de brincadeira. “Como o projeto não entrou para a Lei Rouanet, não pude ficar no Hilton. E hotéis de três estrelas ou nenhuma são a mesma coisa no Cairo”, disse.
Já Sérgio Sant’Anna não tem do que se queixar: o escritor foi a Praga (República Tcheca), onde esteve pela primeira há 40 anos, às vésperas do maio de 68, com a família. Desta vez sozinho, ele diz que criou histórias de amor com muita sexualidade e estranheza.
Segundo Teixeira, três diretores de cinema já demonstraram interesse em adaptar os romances: Karim Aïnouz (dividido entre Cecilia Giannetti, colunista da Folha, e Joca Terron), Tadeu Jungle (que escolheu Lourenço Mutarelli) e Cao Hamburger (ainda sem autor escolhido).